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As Batalhas dos Guararapes nunca foram pelo Brasil, mas pela pátria pernambucana.

 

Carta de um “negro revoltoso”

Henrique Dias, ao corsário Maurício de Nassau

  Senhores holandeses: Saibam vossas mercês, tenho poucas letras e muita espada. Respondo sempre, e minhas respostas são sempre dadas. Vossas mercês podem senti-las no cheiro de pólvora do meu bacamarte. Meu camarada Camarão não está aqui, porém, eu respondo por ele.

  Saibam, vossas mercês, que Pernambuco é pátria dele e minha, e já não podemos suportar a ausência dela. Aqui haveremos de perder as vidas ou haveremos de deitar vossa mercês fora dela.
    E ainda que o governador-geral, e sua majestade mesmo, nos mandem retirar, primeiro que o façamos, lhe haveremos de responder e dar as razões que temos para não desistir desta guerra.
 

 

 

 

 



O lamento de um “príncipe” vencido

Maurício de Nassau

   Perdemos a guerra. A vitória coube aos pernambucanos. Terão uma pátria. Um negro analfabeto e um bugre já conhecem o significado deste nome. Eu, um príncipe de sangue, careço desse conforto. Fiz de mim um corsário. Um soldado de armas e brasão vendidos ao uma companhia de comerciantes incumbida de saquear e sugar até a exaustão uma terra defendida por quem luta pelo direito de nela deitar suas raízes.

    Foi essa ancestral e arraigada idéia de pátria, insuperavelmente bela, que arruinou meus projetos de uma Cidade Maurícia livre e universal. Uma nova Amsterdam!

    Venceu o modo antigo, Até, ou sobretudo, dentro de mim mesmo. A semente dos Albuquerque frutificou. Ele perderam suas terras e suas fazendas, mas criaram uma pátria para seus descendentes mamelucos.

(Maurício de Nassau / 1648)

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