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E em relação à eletricidade?

 

     Esta é uma pergunta bastante comum. Pelo fato de Pernambuco receber energia elétrica de Paulo Afonso (BA), as pessoas acabam achando que Pernambuco é dependente do Brasil em relação ao fornecimento de eletricidade, mas pouca gente sabe que também já compramos eletricidade do setor privado estrangeiro no passado.

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     Em 27 de outubro de 1913, o governo de Pernambuco assinou  contrato com a empresa Pernambuco Tramways (empresa inglesa criada em 24 de janeiro de 1913, em Londres, com o propósito de instalar e operar linhas de bondes elétricos no Recife).

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     A energia elétrica passou a ser fornecida por geradores da companhia concessionária.

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     Em 1928, a General Eletric Company, conhecida como “GE”, comprou a companhia inglesa, ampliando e melhorando o sistema de operação, mas, a partir do dia 1o de dezembro de 1954, o Recife passou a receber energia elétrica gerada pela Usina Paulo Afonso (na Bahia), que pertence a Chesf ( maior geradora de energia do Brasil).

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     Em 1962, o governo de Pernambuco encerrou o contrato com a Pernambuco Tramways, passando a concessão para a empresa (que na época era estatal) que conhecemos hoje como Celpe.

 

     Se parássemos por aqui, daríamos a impressão de que Pernambuco é um eterno dependente de empresas estrangeiras ou estatais, mas essa não é a verdade.

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     Pernambuco tem um grande potencial para ter autonomia energética, haja vista a nossa vasta capacidade eólica, solar e até mesmo ondas oceânicas, usadas em países como Reino Unido, Portugal, Noruega e Japão desde os anos 1970.[1]

 

      Não é preciso ser um grande entendedor do assunto para perceber que o setor privado (quando há concorrência) coopera para o melhor atendimento às necessidades da população do que o estado. 

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     Tanto a liberdade para empreender quanto a redução de impostos e da burocracia aumentariam o interesse em investimento na exploração de energias eólica, solar ou de ondas, criando assim uma competição saudável e benéfica para o povo pernambucano. Esse aumento de possibilidades e escolhas entre qual empresa o cidadão pernambucano optará para se beneficiar da geração e da distribuição de energia fará com que acabe com o histórico abuso comum de empresas estatais ou empresas que monopolizam o setor.

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   [1] Cruz, J.(2008), "Ocean Wave Energy - Current Status and Perspectives", Springer-Verlag.

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